Todos os dias ao redor do mundo, um dos alimentos mais consumidos é o macarrão, que vem nas mais diversas formas, como espaguete, linguine, fettuccine e ravioli. Mas cientistas foram um pouco além das diferentes massas e criaram produtos que podem mudar de forma quando são cozidos.
Esse macarrão foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, localizada an Pensilvânia, nos EUA, e o estudo que comprova a eficácia da experiência foi publicado na última quarta-feira (5), na revista Science.
O produto, contudo, não é resultado apenas de um teste inusitado sobre a mudança de forma dos macarrões. O projeto foi desenvolvido primeiramente com o intuito de auxiliar pessoas que estiverem em viagens espaciais, uma vez que nas missões cada objeto deve ter o menor volume possível.
No caso das massas que têm a forma alterada quando começam a ser cozidas, elas inicialmente encontram-se na forma plana e, ao entrarem em contato com a água quente, passam a se transformar em espirais, tubos e ondas.
A mudança no formato acontece porque os pesquisadores inseriram ranhuras nas massas planas que fazem com que a água demore um pouco mais para cozinhar o alimento. Quando planejam detalhadamente onde colocar estas ranhuras, os cientistas conseguem controlar a forma que o macarão vai assumir a partir de então.
"Fomos inspirados por móveis planos e como eles economizavam espaço, tornavam o armazenamento mais fácil e reduziam a pegada de carbono associada ao transporte", destacou Lining Yao, um dos autores do estudo, em comunicado divulgado.
Os pesquisadores afirmam que o sabor e a textura da massa continuam idênticas à tradicional.
As massas tradicionais de macarrão já se transformam quando começam a ser cozidas, logo, os cientistas aproveitaram essa propriedade para implantar as mudanças que planejavam.
E essa possibilidade de transformação também diz respeito a uma mudança sustentável. Isso porque, ao assumir uma forma que ocupa menos espaço, os alimentos consequentemente precisam de menos e menores embalagens de plástico para serem armazenados, o que diminui os problemas relacionados ao descarte deste tipo de material.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Fábio Fleury
Sensação
Vento
Umidade