O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) aproveitou a “missão” para participar de um seminário sobre doutrinação ideológica no ensino, em Brasília, para passar a semana na capital federal e se encontrar com expoentes bolsonaristas do País. Das três sessões que ocorreram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado participou de uma, pela internet.
O seminário, ocorrido na quinta-feira (23), foi promovido por deputados bolsonaristas e contou com a participação de Nikolas Ferreira (PL-MG), que causou polêmica ao utilizar uma peruca loira no plenário da Câmara para criticar a comunidade trans, e Bia Kicis (PL-DF), investigada em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a disseminação de informações falsas.
Os participantes do evento debateram a qualidade do ensino e a importância da aprendizagem sem direcionamentos ideológicos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é investigado no inquérito das Fake News do STF, participou através de um vídeo gravado nos EUA.
Rafael Tavares diz que foi a Brasília em “missão oficial” como parlamentar. Além de participar do seminário, ele entregou dois projetos de lei de sua autoria, que tramitam na Assembleia Legislativa, à senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e ao senador Magno Malta (PL-ES). Além de posar para fotos e vídeos com Nikolas Ferreira e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“O apoio de lideranças conservadoras a nível nacional é importante. Participei do seminário como convidado, estamos estudando a possibilidade de realizar a próxima edição no Mato Grosso do Sul”, justificou Tavares. Ele disse que sua ausência nas sessões não conta como falta, pelo caráter oficial de sua viagem.
O compromisso fez com que Tavares perdesse as sessões de terça (21) e quinta-feira (23), no Legislativo estadual. O parlamentar diz que participou dos trabalhos na quarta (22) de modo remoto.
Rafael Tavares teve o mandato cassado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), em fevereiro, que acatou representação do União Brasil e anulou os votos do PRTB por não ter cumprido a cota de destinar 30% das vagas para as candidatas do sexo feminino. Como recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o deputado estadual permanece no cargo.
O parlamentar também vai a julgamento por crimes de ódio por comentários feitos em uma rede social durante a campanha eleitoral. O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, confirmou a audiência para ouvir a última testemunha e interrogar o líder do movimento EnDireitaCG a partir das 15h do dia 14 de abril deste ano.
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