A Polícia Civil, deflagrou, nesta terça-feira (3), a segunda fase da operação "Brutus". Na ação, quatro mandados de prisão preventiva e bloqueio de contas judiciais foram cumpridos. Os alvos são suspeitos de realizar vendas e transferências de veículos e peças que estavam apreendidos no pátio do Detran em Nova Alvorada do Sul. A Delegacia do município e a Corregedoria do Departamento de Trânsito participaram da movimentação.
Esta fase mirou servidores que realizavam os atos ilegais, um intermediário e um contrabandista que frequentemente pagava propina aos funcionários do Detran para ter seus veículos liberados.
De acordo com informações da polícia, a investigação descobriu que os servidores não inseriam o veículo apreendido no sistema Detran. Depois, procuravam o proprietário e pediam propina para a devolução do carro ou moto. Caso o dono não aceitasse a ação ilícita, os automóveis eram “depenados” e tinham as peças vendidas. Para justificar o sumiço das peças, os funcionários públicos registravam falsos boletins de ocorrência noticiando furtos.
Em alguns casos, o veículo inteiro era vendido para outra pessoa e transferido mediante inserção de dados falsos.
Com a quebra do sigilo bancário dos envolvidos, a Polícia Civil apurou que a movimentação do grupo chegou a uma quantia suspeita superior a R$ 220 mil. Os suspeitos foram indiciados pela prática de corrupção passiva e ativa, associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema informático e fraude processual.
Brutus
A operação foi denominada “Brutus” em referência a Marcus Junius Brutus, filho do imperador romano Júlio César, o qual, ao ser encurralado por seus conspiradores, percebeu que entre eles estava seu filho Brutus, emitindo a célebre frase “Até tu, Brutus?”.
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