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Seminário na Câmara debate escuta ativa na aplicação do Marco Legal da Primeira Infância

Billy Boss/Câmara dos Deputados Deputada Leandre (E): escuta ativa está prevista no Marco Legal da Primeira Infância Na primeira parte do 8º Semi...

30/03/2022 20h10
Por: Redação
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Deputada Leandre (E): escuta ativa está prevista no Marco Legal da Primeira Infância - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
Deputada Leandre (E): escuta ativa está prevista no Marco Legal da Primeira Infância - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

Na primeira parte do 8º Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância realizado na Câmara nesta quarta-feira (30), especialistas destacaram a importância da escuta ativa de crianças e adolescentes na elaboração de políticas públicas. A escuta ativa é a escuta interessada, sem julgamentos, com o objetivo de buscar as opiniões das pessoas.

O seminário foi promovido pela Frente Parlamentar Mista de Primeira Infância e pela Secretaria da Mulher da Câmara. A coordenadora da frente, deputada Leandre (PSD-PR), lembra que a escuta ativa está no Marco Legal:

“Incluir a participação das crianças na definição das ações que lhes digam respeito em conformidade com as suas características etárias e de desenvolvimento é o segundo princípio que devemos observar para formular e executar as políticas públicas voltadas ao atendimento dos direitos das crianças na Primeira Infância”, afirmou.

A juíza Carla Garlatti, da Autoridade Garantidora para a Infância e Adolescência da Itália, disse que seu país tem utilizado a escuta ativa de crianças e adolescentes com o objetivo de incluí-las como cidadãs. Ela citou como exemplo uma pesquisa feita com 10 mil crianças sobre modelos educacionais na qual o próprio questionário foi elaborado com a ajuda delas.

Experiência chilena
No Chile, a coordenadora da Rede de Líderes pela Primeira Infância da América Latina, Maria Estela Rojas, disse que a escuta ativa sobre a Política Nacional para Crianças e Adolescentes 2015-2025 envolveu 890 mil pessoas com até 18 anos. Já em 2017, mais de 650 mil foram ouvidos para a implementação da Agenda 2030 para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

No projeto Urban 95 no Brasil, que busca escutar crianças para o planejamento das cidades, a coordenadora Isabella Gregory verificou que o trabalho de escuta ativa deve ser uma atividade sistemática. “Quando a gente para neste estágio de participação e não segue para as demais etapas, a gente corre o risco de estar fazendo uma participação figurativa. Aquela participação fofinha, bonitinha, para tirar fotos, postar nas redes. Então é muito importante que a escuta ganhe destino e a sistematização vai ajudar neste processo. Depois de escutar as crianças, é importante olhar para os registros, organizar, refletir sobre eles e avaliar”, disse.

Experiência canadense
Dois pesquisadores canadenses apresentaram estudo no qual a escuta ativa foi comprovadamente relacionada ao desenvolvimento de habilidades linguísticas, empatia, capacidade de processar críticas, autoestima e desenvolvimento de conexões familiares.

O evento prossegue amanhã. Veja aqui a programação

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